Caso clínico tratado com Hipnose de Regressão
Caso clínico tratado com Hipnose de Regressão
João Paulo – nome e profissão fictício – era um jovem de 26 anos, recém-formado em gestão de empresas que estava em depressão. Uns anos antes a morte do avô, seu confidente e amigo, levou-o a várias tentativas de suicídio. Não suportando o sentimento de vazio perdeu a alegria e vontade de viver. Após ser convidado a sentar-se desabafou que estava ali como derradeira tentativa porque os tratamentos anteriores falharam.
– “Estou farto de viver em tamanho sofrimento” -, disse-me quase implorando – “esta é a derradeira tentativa de me curar.”
Após o ter levado a um estado profundo de transe hipnótico de repente. O paciente estava a viver uma experiência de vidas passadas. Verificando que também se tinha suicidado no passado. Em regressão viu-se como um jovem monge descalço.
Vestido com uma túnica colorida, aparentemente, vivia na imponente e misteriosa Índia antiga.Disse-me que aparentava cerca de 20 anos. estava a sofrer terrivelmente porque não conseguir salvar o seu mestre. Pois este acabara de morrer de uma epidemia que assolava a região onde viviam.
Não suportando a dor de ter ficado só, suicidou-se com um preparado de chá de Cicuta – um poderosíssimo e mortal veneno. Mortificado pelo seu sentimento de perda descreveu-me em pleno transe o momento da sua morte. E como após ter ingerido veneno extraído da própria planta Cicuta. Começou a ficar frio e enrijecido. Até que o poderoso veneno chegou ao seu coração e sobreveio a morte num estertor agonizante. De repente relatou que estava a flutuar e do alto olhava o seu corpo contorcido lá em baixo. Mas, o inesperado aconteceu, veio ao seu encontro o seu adorado mestre. Envolto num halo de luz incrivelmente brilhante e o que se passou de seguida deixou-nos estupefactos. Alertou para o erro de ele se ter suicidado. Assegurou-lhe que a responsabilidade pela sua morte não era dele. Mas um desígnio da própria Alma do mestre pois que tinha algo a aprender com aquela experiência.
Avisou também que num futuro iria repetir o mesmo padrão cármico. Em virtude de ter interrompido daquela forma a sua vida nessa experiência terrena. E porque ele não compreendeu o objectivo primordial da vida.
Devido a ter cometido o suicídio, aquela existência passada na Índia não fora proveitosa o suficiente para sua total e completa evolução. “A Alma é sábia e busca sempre a iluminação. Através das experiências interpretadas e ultrapassadas.”-, Disse-lhe o seu mestre num mundo áureo e notavelmente repleto de luz. “O suicídio que cometeste interrompeu a tua evolução como ser criador de intemporalidade espiritual.” -, Argumentou compassivamente o seu mestre envolto na luminosidade mais brilhante.
No seu processo de regressão ao passado, aquele paciente foi capaz de identificar o padrão recorrente. E compreendeu o primordial objectivo da sua intemporalidade. Ou seja, a sua verdadeira missão da sua vida actual: – “Alertar as pessoas para a dádiva que é a vida.” – Disse-me ele, quando finalmente acordou do transe no final da regressão. Despertou mais feliz e com uma convicção inabalável de ter encontrado um novo rumo.
E, sobretudo, descoberto um objectivo válido para a sua vida. Eu, obviamente, também estava feliz pela evolução rápida do seu caso. Mas o inesperado aconteceu. Na semana seguinte, sem ninguém estar à espera, morreu um familiar muito próximo. Como o paciente tinha dificuldades com o sentimento de perda.
E esse dramático acontecimento aconteceu logo a seguir à nossa regressão, fiquei naturalmente preocupado: – “Como irá ele reagir à morte do ente querido? -, pensei preocupado. Recebi-o três dias depois. E vou partilhar consigo uma das maiores lições que fui capaz de aprender, nesta notável terapia de ressonância espiritual. Eis então as palavras quando se sentou à minha frente, para uma nova sessão de regressão:
“Esta semana a morte passou perto de mim. Veio buscar um primo, um pouco mais velho que eu. Sabe, Dr. Alberto, curiosamente nunca tive medo da morte, aliás confesso que tinha vontade de morrer, tal a falta de sentido que sentia para a minha vida. Mas hoje sinto um respeito profundo por ela. Talvez até um pouco de medo. Medo por pensar que não há amanhã. E, se hoje morresse, morreria sem transmitir tudo o que me foi revelado na minha regressão. Medo de não ter tempo para fazer emergir o amor espontâneo que cada ser humano possui, no mais íntimo do seu ser. Esta semana o impensável aconteceu. Fui capaz de ajudar a minha família na dor da perda, no seu luto, como jamais poderia supor.
E sinto-me grato, à nova vida revelada na última sessão, por isso. Sinto-me tão feliz e preenchido de amor por poder ajudar os outros… sinto que descobri a minha missão, e estou grato à Terapia de Vidas Passadas esta suprema felicidade.”-, Dizia-me naquele momento, lavado em lágrimas.
“Sei agora que a vida é uma dádiva para apreciarmos em toda a plenitude.” -, Conclui-o claramente emocionado. Finalmente, aquele ser sofrido tinha percebido que todos somos capazes de distinguir horizontes longínquos, se escutarmos novamente a voz sábia da nossa Alma – geralmente agrilhoada em padrões cármicos e situações mal resolvidas do passado. Lembre-se, mais uma vez, “o carma é para ser resolvido e não para ser sofrido”.
Na realidade, sempre atraímos para nós aquilo que mais precisamos para evoluir na senda espiritual e poder cumprir o desígnio do nosso Dharma. Ou seja, a função do Dharma para a Alma é um desejo intrínseco de ela ser melhor. De se projectar no amor. De fazer parte de uma projecto altruísta do qual se possa apaixonar e engrandecer-se com as suas experiências arrebatadoras.
De partilhar afectos, sonhos, evoluir e crescer em reciprocidade com Almas Companheiras. De ser uma verdadeiro Ser de Luz em busca de aprimoramento espiritual. Não é isso mesmo que estamos todos interessados nesta maravilhosa demanda espiritual? Tenho de vos confessar após a regressão notavelmente libertadora daquele jovem, da minha parte, pouco fiz para operar esta tremenda mudança. Sei, sem dúvida, que todo o processo de mudança estava no seu interior. Bastava apenas alguém reconectar com o seu Carma mal resolvido do passado, para ele finalmente exercer o designío do seu Dharma. Eu apenas fiz o menor: abrir a porta daquele vasto reservatório de recursos e saberes ancestrais, através de uma técnica antiga e de matriz notavelmente espiritual: a hipnose de regressão. Mas isso também podia ter acontecido naturalmente num momento de oração, meditação numa sessão de Reiki ou numa qualquer experiência ou terapia de cariz transcendente e reveladora da sua natureza imortal.
Conclusão:
Numa terapia de regressão concentramos num nada a vida toda é esse o poder da hipnose. Aquilo que venho constatando é que quem faz uma terapia de regressão, a dádiva da vida subitamente desabrocha maravilhosamente e rapidamente desperta todos os projectos, sonhos, paixões que o medo causado pela existência de uma certa apatia vai adiando incessantemente.
Com esta poderosa terapia finalmente cada um de nós poderá conhecer a sua natureza espiritual. Pois entendo que estamos na vida não apenas para saber a verdade, mas sobretudo para experienciar a verdade de um gigante de luz que atravessou eras longínquas para fazer a diferença no presente, na busca de um mundo melhor. Dizem que para encontrar é preciso deixar de procurar.
O que quer que procure na vida, lembre-se sempre: esta existência não é lugar de mera passagem, mas de construção espiritual. Eu quero acreditar que somos seres fazedores de eternidade caminhando na escola da vida. Mesmo que cada um o faça a velocidade diferentes, caminhamos na mesma direcção até ao Povo de Luz.
Um abraço de luz bem forte e apertado e obrigado por existir,
Alberto Lopes